São Luiz Saúde alerta: Intoxicações por metanol e o perigo invisível nas garrafas de destilados adulterados

São Luiz Saúde alerta – uma onda de intoxicações por metanol em bebidas adulteradas tem preocupado as autoridades de saúde em todo o Brasil. De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o número de notificações subiu para 225, sendo que 16 já foram confirmados e há registro de mortes em investigação.

A situação, que já atinge pelo menos 13 estados, acende um sinal de alerta para a população sobre o perigo invisível que pode estar escondido em garrafas de destilados falsificados.

Os estados de São Paulo e Pernambuco foram os primeiros a notificar a maioria dos casos, mas o problema já se espalhou para outras regiões, incluindo Rio de Janeiro, Piauí, Mato Grosso e Distrito Federal. A gravidade da situação exige atenção redobrada, mas sem pânico, com foco na conscientização e na prevenção.

O que é metanol e por que é tão perigoso?

O metanol, também conhecido como álcool metílico ou álcool da madeira, é um composto químico comumente usado na indústria como solvente, combustível e anticongelante. Ele não deve, em hipótese alguma, ser consumido por seres humanos. Enquanto o etanol é o álcool presente em bebidas alcoólicas seguras, o metanol, quando ingerido, é metabolizado pelo fígado em substâncias extremamente tóxicas, como o ácido fórmico, que danificam órgãos vitais.

A adulteração de bebidas alcoólicas é uma prática criminosa para reduzir custos. Golpistas misturam metanol, que é mais barato, em destilados de alto valor como vodca, uísque e gim, para aumentar o volume e o lucro.

Sintomas: O que pode confundir?

A intoxicação por metanol pode ser facilmente confundida com uma forte embriaguez ou ressaca, o que atrasa a busca por ajuda médica e aumenta o risco de sequelas graves. Os primeiros sintomas podem surgir entre 6 e 24 horas após a ingestão:

  • Dor de cabeça e náuseas
  • Vômitos
  • Tontura e confusão mental
  • Sonolência
  • Visão borrada, sensibilidade à luz (fotofobia)

Se não for tratado rapidamente, o quadro pode evoluir para convulsões, coma, falência de órgãos e, em muitos casos, levar à cegueira permanente ou à morte.

O que fazer em caso de suspeita?

A velocidade do atendimento é crucial para a recuperação. Se você ou alguém próximo apresentar esses sintomas após consumir uma bebida alcoólica, procure imediatamente um pronto-socorro.

  1. Busque atendimento médico imediato: Não espere os sintomas piorarem. Ligue para o SAMU (192) ou leve a pessoa ao hospital mais próximo, informando que houve consumo de bebida alcoólica e o contexto da compra. (O São Luiz Saúde conta com suporte total da Santa Casa de Araras, um hospital-referência SUS e que está devidamente preparado para diagnosticar e tratar eventuais casos. Até a data da publicação desta matéria nenhuma suspeita havia sido registrada pela unidade hospitalar).
  2. Não subestime os sintomas: Uma “ressaca” prolongada ou com problemas de visão deve ser encarada como um sinal de alerta.
  3. Guarde a garrafa: Se possível, leve a garrafa ou o que sobrou da bebida para que as autoridades possam analisar a origem do produto.

Como se proteger?

A prevenção é a melhor arma contra essa ameaça. Se for fazer uso de bebidas alcoólicas, adote as seguintes precauções ao consumir bebidas destiladas:

  • Compre de fontes confiáveis: Evite bebidas de origem duvidosa, vendidas em comércios informais ou com preços muito abaixo do mercado;
  • Atenção à embalagem: Verifique o lacre, o rótulo e o selo fiscal. Embalagens com sinais de adulteração, amassadas ou com informações ilegíveis devem ser evitadas;
  • Bebidas mais seguras: Embora não haja garantia total, as bebidas fermentadas como cerveja, vinho e chope apresentam um risco menor, pois o processo de produção é diferente;
  • Em casa, observe o conteúdo: Se notar qualquer cheiro químico atípico ou diferença na cor e sabor, descarte a bebida.

Conscientização sim, pânico não

Apesar da gravidade, é importante que a informação seja disseminada com clareza, evitando o pânico. O objetivo é capacitar as pessoas para que façam escolhas seguras e saibam como agir em uma emergência. O combate a esse crime envolve não apenas a vigilância do consumidor, mas também uma ação conjunta das autoridades para identificar e punir os criminosos que colocam a vida das pessoas em risco por ganância.

Para mais informações e atualizações, consulte o site do Ministério da Saúde. O autocuidado e a informação são as melhores ferramentas para proteger você e sua família.

06/10/2025

São Luiz Saúde

Seriedade, competência e amor pelo que faz.

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